Erica Ferro 23 - Maceió- AL
Tal como Clarice, eu escrevo quando quero, quando me vem aquele desejo incontrolável de colocar no papel, ou num campo em branco do Blogger ou do Word, os meus pensamentos inquietos, meus sentimentos gritantes, meus protestos ferozes.Eu escrevo porque falar não é o suficiente. Eu sempre achei que falar não bastava. Falas se perdem, se esquecem e, como dizem, entram por um ouvido de uns e saem pelo outro, numa velocidade e facilidade impressionantes.
Por isso, escrevo. Ou melhor, não só por isso. Por isso e mais que isso. Porque escrever é uma maneira de descarregar, de depositar em outro local o que não cabe mais em mim. Porque escrever me faz um bem indizível. Escrever é terapia. Sou suspeita para afirmar isso, mas corro o risco e digo: é uma das melhores terapias.
Escrever é libertador. Escrever relaxa a mente e a alma. Escrever é inventar universos, criar o impensável, recriar o real com uma conotação toda nova, toda singular. Escrever é uma delícia. Escrever é arte. Escrever é juntar letrinhas e letrinhas, que vão formando palavras, frases e, então, nos deparamos com os nossos sentimentos e pensamentos belamente cunhados em letras. Letras que são lidas e que tocam coração de outros, que nem imaginávamos que pudéssemos tocar. É que escrever é mesmo mágico. Tantas vezes escrevi para desabafar, para desaguar minhas lágrimas em forma de letras e um bocado de pessoas acabou chorando a minha dor, porque se identificou e se emocionou e se encantou. Isso é algo tão fabuloso, tão fantástico. É uma das maravilhas de escrever.
Por essas e outras que escrevo e continuarei a escrever. Como uma amadora. Como Clarice. Porque, sobretudo, escrever é liberdade.
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