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março 14, 2014

Escravidão literária

É razoável que pensemos que ler livros em grande quantidade nos fará melhores em eloquência, ou sabedoria. Na medida em que o conhecimento se abrange, a lógica é que venhamos a tirar conclusões precipitadas de que: Somos os únicos com um conhecimento perfeito e que aquilo que lemos corresponde a verdade dos fatos.
Precisamos entender que nada é absoluto, tudo é passível de questionamentos. Entretanto, só questionará algum tema abordado, aquele que pensa por si próprio e forma opinião.
Os livros são escritos por pessoas que se dizem de mente aberta, contudo, nem tudo o que lemos é de origem renovadora, isto é, quem escreveu sobre determinado assunto, apenas seguiu a linha de raciocínio de outro pensador.
Como resolver então essa questão que muitas vezes passa despercebida? Precisamos ter verdadeiramente o desejo de conhecer algo novo. As letras, as palavras e as frases nos fazem viajar no imaginário. Neste imaginário conseguimos visualizar aquilo que o autor está querendo dizer ou dizendo o que outro escritor em quem se espelhou para escrever quis dizer.
Os livros existem para instruir, alfabetizar, formar pensadores, leitores assíduos, formadores de opinião e cidadãos livres. Livres de qualquer preconceito, fanatismo ou ideologia falsa.
O que ocorre é que em muitos momentos nos tornamos escravos da literatura, pois adquirimos o hábito de pensar como o autor e opinar igual a ele. Nos esquecemos que o escritor no qual você se espelha, para poder ter argumentos para debater, pode ser apenas o reflexo genérico daquilo que aconteceu de pior no passado, ou mesmo no presente.
Assim sendo, o homem que não pensa por si mesmo e se diz sábio por ter lido muitos livros, só há uma palavra para defini-lo: Escravo. É escravo da literatura, pois apesar de lê-la, isso nada acrescenta em sua própria vida.


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