A duração de um curso de licenciatura ou pedagogia dura em
média de três à quatros anos dependendo da Faculdade. O professor seja homem ou
mulher, quando começa as experiências em sala de aula; quer ser diferente e em
muitos casos quer ser durão ou durona, nada parecido com aqueles que o
antecederam.
Assim, são cobrados desses professores que se conheça os
aspectos sociais, culturais e económicos da sociedade e como eles se relacionam
com a educação. Além de conhecimentos sobre a legislação educacional. Esse
profissional precisa estar preparado para enfrentar a sala de aula com
conhecimento, paciência e perseverança.
No entanto, as Faculdades e Universidades não ensinam ao
futuro professor(a) sobre sentimentos, fatores indispensáveis para a harmonia
na educação. Isso só se aprende atuando, vivendo e sentindo. Nessas
experiências percebo a vulnerabilidade desse profissional tão querido, mas tão
desvalorizado.
O ano letivo é intenso e vasto, com várias programações e por
que não dizer chateações durante as aulas; conversas em voz alta de alunos que
contracenam intensamente, estudantes com problemas familiares, especiais e com
dificuldade de leitura e escrita; entre tudo isso, o pedagogo(a) tenta reverter
a história para que o futuro dessas crianças seja diferente.
Porém, chega um momento, no qual, as férias são bem vindas,
os feriados também. O mês de dezembro é o ápice e conclusão de todo um trabalho
realizado; é nesse momento que se constata a estrutura de cada professor.
As festas de confraternização, os bolos e refrigerantes em
sala de aula, as fotos com os alunos; nessas datas é que se manifesta a falta
de controle de certos profissionais. No caso, eu fui convidado por uma
professora morena, grandona e cabelos longos, a tirar uma foto dela com seus
pequenos alunos; ao dar o click, constatei que ela estava chorando. Mas
chorando por que, pensei.
Em muitas situações, me deparei com professores com os olhos
vermelhos e tomados por uma emoção que só eles sentiam. Na verdade, eu pensava:
eles são fracos. Professor tem que dar o exemplo; e não ficar chorando. Nunca
tive medo de nada, sempre enfrentei o perigo de frente e chorar só por algo que
fosse além das minhas forças e emoção;
Era o último dia de aula naquela escola, os alunos do quinto
ano estavam se despedindo, por que no próximo ano eles iriam ser matriculados
em outro colégio. Eu estava em pé observando as brincadeiras das crianças e o
corre corre; de repente uma aluna de seus 09 anos corre ao meu encontro e me
abraça e diz: - Tio vou sentir muito a sua falta.
Naquele momento, uma lágrima escorreu em meu rosto e tive que
me conter para não me desmanchar em lágrimas. Acho que pela fraqueza dos demais
professores fui infectado; essa é a verdade. Uma infecção não de um vírus; mas
o contágio do amor. Esse amor que está na vida de cada professor, que atua dia
a dia, levando conhecimento, dando uma nova visão a seres pequenos em
transformação; só amando a profissão para continuar buscando a excelência.
Parabéns a todos os Professores
Professor: Erlon Andrade
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